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Saúde bucal como prioridade em Florianópolis

  • dsgularte
  • 2 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

Nesta quarta-feira (31/08) reunião ampliada da Comissão de Saúde da Câmara Municipal debateu a saúde bucal na rede de atenção em Florianópolis.


A reunião foi proposta pelo Coletivo Saúde ainda no começo de agosto, quando o Dr. Ricardo Baratieri assumiu a frente do Coletivo, o mandato da vereadora Carla Ayres do PT num sistema de rodízio entre as suplências no cargo, promovido pelo partido.


Com o afastamento do Dr Baratieri por atestado médico, a vaga foi ocupada pelo professor Carlos Eduardo de Souza, o Cadu, como terceiro suplente.


Cadu se comprometeu a encampar a agenda já traçada pelo Coletivo com o apoio do vereador Renato Jeske do PSDB, presidente da Comissão.


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O enfermeiro e professor aposentado da UFSC Jorge Lorenzetti, diretor técnico do Observatório SUS e um dos integrantes do Coletivo fez um histórico na reunião das ações realizadas pelo grupo em menos de um mês: o debate com os Conselhos sobre a situação da saúde em Florianópolis, com destaque à Rede de Atenção Psicossocial no município, a questão de aplicação dos pisos salariais tanto dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias, como dos trabalhadores da Enfermagem e agora a busca de qualidade do serviço de saúde bucal.


Outro integrante do Coletivo, o odontólogo e diretor geral do Observatório SUS Sylvio da Costa Jr, depois de fazer um raio X da estrutura do atendimento prestado à população, apresentou propostas de melhoria do serviço e de investimento público para que a política de saúde bucal seja uma prioridade do município, "porque ainda é um monopólio de classe social, sentar numa cadeira de dentista."

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Renato Jeske enfatizou que enquanto as possibilidades de melhoria no atendimento público de saúde "enfrentam uma subida árdua de escada, degrau a degrau, os serviços privados disparam de elevador."


Talita Rosinsky da Secretaria Municipal de Saúde relembrou como a saúde bucal foi duramente afetada pela pandemia de COVID-19 e que na recente retomada dos atendimentos, são feitos em média 100 por dia, mas reconhece a necessidade de se ampliar e modernizar a estrutura de serviços.


Usuários do sistema que participam dos Conselhos de Saúde afirmaram que sem a revogação da Emenda constitucional 95 de 2016, a chamada PEC da Morte, congelando por 20 anos, as despesas primárias em Saúde e Educação, a desumanidade cometida contra a população, principalmente a mais pobre, só vai se agravar.


Efeitos da PEC se constatam na ponta, quando o Centro de Especialidades Odontológicas, o CEO da Universidade Federal de Santa Catarina, por exemplo, que presta serviços gratuitos à população está encerrando as atividades.


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O vereador Cadu disse que o "mantra da privatização" tem como consequência esse "comprometimento terrivel da saúde e da autoestima das pessoas, além de difundir a falácia de que o serviço público é ruim, a causa de todo o mal, quando na verdade, ele garante a vida."


A Comissão de Saúde vai encaminhar proposta tanto para se disponibilizar atendimento odontológico na UPA do Continente e também nos CAPS, como ampliar os programas de prevenção e educação bucal nas escolas, além de buscar uma alternativa para a continuidade do CEO.


 
 
 

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